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segunda-feira, 18 de agosto de 2008

Aumento das "zonas mortas" dos oceanos ameaça vida marinha.


Estão a aumentar as chamadas "zonas mortas" - com muito pouco oxigénio - dos oceanos, uma situação que acarreta consequências graves para a vida marinha, defende um estudo publicado na revista Science. «Apercebemo-nos que a hipoxia [baixo teor de oxigénio nos tecidos orgânicos] não é um problema local mas um problema global que tem graves consequências para os ecossistemas», afirmou Robert Diaz, do Instituto de Ciência Marinha da Virgínia, nos Estados Unidos.«Está a tornar-se um problema de tal magnitude, que começa a afectar os recursos que retiramos do mar para nos alimentarmos», revelou. Segundo Robert Diaz e o outro autor do estudo, Rutger Rosenberg, existem mais de 400 "zonas mortas" em todo o mundo, o dobro das estimativas avançadas pelas Nações Unidas há dois anos.As novas zonas dos oceanos com muito pouco oxigénio têm sido detectadas na América do Sul, África e em parte da Ásia. Os dois cientistas defendem que, se continuar este crescimento, deixará de haver no mar caranguejos, camarões ou peixes. A principal causa do fenómeno reside nas algas, que privam outras vidas marinhas de oxigénio, embora os cientistas apontem o dedo também aos adubos químicos, aos despejos de esgotos e à queima de combustíveis fósseis.

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