A libertação da senadora Ingrid Betancourt é uma vitória humanitária em primeiro lugar. Ela é vítima inocente de uma guerra suja. Era apenas uma mulher candidata a presidente da República quando foi seqüestrada e transformada em ativo nas mãos dos seqüestradores. É uma vitória da França, que lutou pela sua cidadã (ela é meio francesa). É uma vitória da pressão diplomática dos países que se empenharam nisso, como a própria França, por exemplo. Nesta lista de países que pressionaram as Farc e seus aliados, não está, infelizmente, o Brasil, que preferiu sempre lavar as mãos em relação às barbaridades cometidas pelos "de esquerda" no continente. Mas é também uma vitória retumbante do governo da Colômbia, que montou uma operação difícil e arriscada para regatar a senadora e quatorze outros cidadãos. Uribe foi criticado até pela familia dela por não querer aceitar as condições impostas pelos terroristas e agora vai entregar sãs e salvos às suas familias, como informou o ministro da Defesa, Ingrid e 14 outros sequestrados. Além disso prendeu terroristas que entregará à Justiça. O ideal seria que a partir do óbvio enfraquecimento dos últimos tempos, as Farcs aceitassem entrar no jogo democrático. O movimento envelheceu e se degenerou. Era em 1964 quando foi criado um movimento típico da época de luta pelo poder para construir um governo comunista. Agora, 44 anos depois, esse ideal caducou, os países que eram comunistas deixaram de ser, e os guerrilheiros viraram terroristas e narcotraficantes. As circunstância da libertação ainda não estão totalmente claras. Mas não resta dúvida de que o resgate de Ingrid representa um marco.Sobretudo este é um momento emocionante para os filhos de Ingrid, Lorenzo e Melanie. Eles lutaram pela mãe com tudo o que puderam, nunca desistiram dela e construíram uma importante rede de aliados. Portanto, se pudermos escolher um grande vencedor são eles: os filhos de Ingrid.
Nenhum comentário:
Postar um comentário