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domingo, 9 de agosto de 2009

Risco de nova gripe atingir indígenas preocupa Funasa

Até o momento, nenhum caso da gripe causada pelo vírus H1N1 foi confirmado entre indígenas brasileiros. Ainda assim, a possibilidade de a doença chegar aos índios, inclusive os amazônicos, preocupa a Fundação Nacional de Saúde (Funasa).

“De forma reconhecida, as populações indígenas apresentam uma vulnerabilidade maior às doenças respiratórias”, aponta o coordenador-geral de atenção à saúde indígena do órgão federal Flávio Pereira Nunes, acrescentando que “elas são um fator de risco para potencializar a influenza A”.

Até a última semana, não havia sido confirmado nenhum caso da doença entre indígenas brasileiros. Como instituição responsável pela saúde dos índios do Brasil, a Funasa participa das reuniões semanais do Ministério da Saúde para coordenar o esforço de contenção da nova gripe. A fundação montou ainda um gabinete de crise interno para monitorar casos de doenças respiratórias.

A Funasa atende a uma população de cerca de 400 mil índios pertencentes a 210 povos diferentes pelo país. Seus 34 distritos sanitários indígenas receberam verba de R$ 8 mil cada para comprar máscaras, álcool gel e outros produtos necessários para prevenir a nova gripe. Se algum índio tiver confirmada a doença, também terá direito ao remédio Tamiflu, como qualquer outro paciente da rede de saúde pública, explica Nunes.

O coordenador-geral aponta que, além da maior incidência de doenças respiratórias, outros fatores de vulnerabilidade dos indígenas são, segundo Nunes, “suas condições socioambientais”, a desnutrição e as variadas doenças infecciosas que os afetam com frequencia, o que tem relação com o fato de viverem, em muitos casos, em regiões isoladas e com menos acesso ao sistema de saúde.

Apesar de ter apresentado até agora relativamente poucos casos da nova gripe entre a população em geral, a Região Norte não está livre da doença. Todos os seus estados tiveram casos confirmados, em especial o Pará, com 40 pessoas infectadas, segundo o Ministério da Saúde.

FONTE: www.globo.com

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